18.03.24
“Os meus pais sacrificaram-se muito e deram-me estudos para ir para a universidade? Não, tive estudos que estavam ao meu alcance e ao alcance da bolsa da família: estudei para ser serralheiro mecânico. Fui serralheiro mecânico. Depois fui várias coisas ao longo da (...)
18.03.24
Recentemente, reli Dom Casmurronum velho exemplar onde identifiquei as anotações e sublinhados da minha segunda leitura do romance, em 2013. O exercício permite-me replicar as palavras do narrador e afirmar: se o rosto era igual, a fisionomia era diferente. (...)
11.03.24
1.
Salgueiro Maia exigiu ser sepultado em campa rasa e sem honras de Estado. Maia comandou a coluna de tanques que saiu de Santarém e que teve a delicadeza, o civismo, o sonho de parar num semáforo antes de derrubar a mais longa ditadura da Europa. Primeira imagem do 25 (...)
11.03.24
Casaram em 1969. Mas antes disso tiveram uma vida. E depois de 74 tiveram outra. E antes dessas tiveram vidas paupérrimas, onde crescia a revolta e, estranhamente, havia espaço para a felicidade. Conceição Matos e Domingos Abrantes usam nomes ternos para chamar o outro. (...)
11.03.24
Como é que é quando dois velhos amigos se encontram? “Velhos?!”, graceja Júlio Pomar. Como é que é quando dois homens que se conhecem há coisa de 70 anos se reencontram? Fizeram-se amigos numa altura em que respirar e reagir eram quase sinónimos. Foram opositores (...)
11.03.24
A ideia de juntar dois amigos para recordar 60 anos de amizade não era “assaz esdrúxula”. Era um modo de falar de um tempo longínquo, de revistas que se faziam em cafés, da vida que os incendeia, de estarem nonagenariamente bem.
Foi José Augusto França que usou a (...)
11.03.24
O feminismo é a conversa chata das mulheres? Ana Vicente, nascida em 1943, diz que chata é a situação. A situação de discriminação. E não, não é verdade que o feminismo seja o oposto de machismo ou que as discussões de género não façam sentido em 2013. A sua (...)