Adolfo Mesquita Nunes - Os Filhos da Madrugada
Adolfo Mesquita Nunes nasceu em Lisboa, mas é da Covilhã. Cresceu nesta cidade da Beira, descende de uma família de industriais dos lanifícios, o avô era conservador, democrata cristão. Do lado materno, as raízes são humildes, a mãe era bailarina, irreverente, o avô socialista, o tio MRPP.
Licenciou-se em Direito na Católica, fez o mestrado na Clássica, é advogado.
Foi secretário de Estado do Turismo entre 2013 e 2015. Aos 40 anos, depois da morte do avô, candidatou-se à Câmara da Covilhã, onde ficou como vereador.
É militante do CDS desde 97.
Numa entrevista que ficou célebre, há três anos, assumiu que é gay. Assumir, sair do armário, coming out são expressões usadas para o momento em que se fala publicamente, e pela primeira vez, da homossexualidade. Porque é que o fez? O casamento entre pessoas do mesmo sexo é possível em Portugal desde 2010. Nos primeiros dez anos, segundo dados da Pordata, registaram-se 4106 casamentos, e os homens casaram mais do que as mulheres.
Os Filhos da Madrugada: 25 entrevistas a homens e mulheres, nascidos e criados em democracia. Diferentes sensibilidades políticas. De diferentes áreas de trabalho e geografias. Um retrato concreto, particular do quotidiano do Portugal que hoje somos, 47 anos depois da revolução. De 1 a 25 de Abril, cerca das 22.30, na RTP3.
Autoria e condução das entrevistas de Anabela Mota Ribeiro, jornalista, 1971.
Fotografia de Estelle Valente.