Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Anabela Mota Ribeiro

Hugo van der Ding - Os Filhos da Madrugada

06.04.22
A biografia oficial diz que Hugo van der Ding nasceu numa viagem entre Amesterdão e Lisboa e cresceu numa comunidade hippie nos arredores de Montpellier. Mas isto pode ser uma grande peta. Se no mundo das pessoas ditas normais, o que quer que isso seja, nunca sabemos onde termina a realidade e começa a ficção, no caso deste ilustrador, essa linha é pura vertigem, é território difícil de situar. Excepto quando, num comovente testemunho, fala da sua bipolaridade, daquilo que é concreto e não tem graça nenhuma. Isto é, o sofrimento de sentir que o vulcão ferve por dentro. Mas comecemos pelo que tem graça, pelo elenco das personagens mais famosas: A Criada Malcriada, Cavaca para Presidenta, Celeste da Encarnação (uma espécie de velha gaiteira), ou, a minha preferida, a Dra. Juliana Saavedra, a psicanalista que deixa os pacientes na merda.
Ouça o ilustrador, nascido em 1976, n' Os Filhos da Madrugada, quinta feira, 7 Abril, 20h, RTP3.
 

hugo.jpeg

 
Fotografias de Estelle Valente.

João Ferro Rodrigues - Os Filhos da Madrugada

06.04.22
João Ferro Rodrigues, 1976, um pai que foi até há dias presidente da Assembleia da República, entre outros cargos políticos proeminentes, uma irmã gémea que é um fenómeno de popularidade. Primeira questão: como circunscrever a sua esfera de acção e identidade numa família de apelido sonoro? É economista, estudou na Católica, fez um MBA em Harvard. Quando nasceu, Portugal tinha já em vigor a primeira Constituição elaborada em liberdade. A grande fractura que não tem data: a construção do Estado Social. Ambas fundamentais para a democracia do bem comum, para o país que temos e para o qual apresenta propostas no livro A Era do Nós. Tem quatro filhas.
 

joão.jpeg

 
Fotografia da Estelle Valente.

Diogo Amorim - Os Filhos da Madrugada

06.04.22
Pão que sabe a pão. Pão que sabe ao pão que comíamos com os nossos pais e avós. Pão que é corpo e simboliza o sagrado. Pão ao qual damos um beijinho antes de deitar fora, no caso último de ser preciso deitar fora. Mas não se deita pão fora, ensinaram-nos, porque o pão pode a seguir ser torrado, ralado, comida para os animais, e que, assim, volta ao início do ciclo da terra, à corrente da alimentação. O Filho da Madrugada de terça-feira, 5 de Abril, é padeiro e empresário. No final de 2015 fundou uma empresa que estima, este ano, facturar seis milhões de euros. Diogo Amorim nasceu em 1995, quando as colunas da ponte Vasco da Gama já estavam lançadas e Portugal vivia um clima de euforia e prosperidade.
 

diogo.jpeg

 
Fotografia de Estelle Valente.