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Anabela Mota Ribeiro

Capicua - Os Filhos da Madrugada

08.04.22
Palavras possíveis para falar de Ana Matos Fernandes: subversão. Jane Fonda. Estado de Direito. Ser rapper e doutorada em Sociologia. Misturar com grande à vontade, como se o fluxo fosse o mesmo, o Dartação, o manifesto feminista, a Mafaldinha de Quino, uma canção de embalar de Zeca Afonso, o poema de Sophia que diz: como puro início, como tempo novo, sem mancha nem vício. Ana é aquela que não se deixa domesticar. Sereia e medusa, maria capaz, a que procura uma língua franca (explicitando que cabide é cruzeta). Capicua é cria do Porto, da colheita de 1982. O Porto, como diz numa canção, é uma cena mental. Se não gosta, bota na beira do prato.
Ana-Capicua é a Filha da Madrugada de sábado, 9 Abril, RTP3, 20h.
 

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Fotografias de Estelle Valente.

Catarina Belo - Os Filhos da Madrugada

08.04.22

Catarina Belo nasceu nem um mês depois da revolução. É professora de Filosofia na Universidade Americana do Cairo desde 2006. Especializou-se em estudos islâmicos, fez um doutoramento em Oxford em 2004 sobre Avicena e Averróis. O seu tempo é o medieval, um dos focos de interesse é a relação entre Filosofia e Religião na Idade Média. O pai, o poeta Ruy Belo, escreveu para ela, em 77, um poema no qual fala de Catarina como a chegada da Primavera. O tempo de Catarina seria “um tempo vertebrado, um tempo inteiro”. 

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Fotografia da Estelle Valente.