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Anabela Mota Ribeiro

Curso de Cultura Geral (5 Fev 2017)

06.02.17

Quando estava a escrever estas notas introdutórias, em vez de escrever programa de hoje, escrevi espectáculo de hoje. Vou assumir as rasuras, contar o lapso e começar dizendo: no espectáculo de hoje, ou seja, no programa de hoje, vou estar em cena com pessoas das artes de palco. O uso da palavra espectáculo talvez não seja forçado. Veremos adiante o que entendem os meus convidados por espectáculo, representação, estar em palco. Por acaso, são pessoas que não estão sob o foco, na boca de cena, ou não estão agora, mas que acompanham, concebem, encomendam, desenham um programa feito de equilíbrios, dissonâncias, risco, confiança, criam um enredo. José Maria Vieira Mendes é dramaturgo, viveu Berlim do deslumbre ao enjoo. Luísa Taveira é gestora cultura, administradora do CCB, foi bailarina. Aida Tavares é directora do Teatro São Luiz, apontou na lista de 10 coisas fundamentais na sua construção a visita ao Museu da Memória e do Direitos Humanos em Santiago do Chile. 

 

A lista de Aida Tavares

  1. Teatro São Luiz;
  1. Mega Ferreira e Jorge Salavisa: homens fundamentais na minha construção;
  1. “Noite Passada” do Sérgio Godinho;
  1. Museu da Memória em Santiago do Chile;
  1. Museu pré-colombiano em Santiago do Chile;
  1. “Fever Room” de Apichatpong  Weerasethakul;
  1. Assistir à estreia de “Tristão e Isolda” de Wagner no La Scala de Milão; encenação Patrice Chéreau, direcção de Daniel Barenboim, interpretado pela [mezzosoprano] Waltraud Meier;
  1. Ver a Pina Bausch dançar “Café Müller” no São Luiz;
  1. Ouvir Camané e Amália;
  1. Acompanhar o processo de criação de “Masurca Fogo” para Expo’98 / Festival dos 100 Dias.

 

A lista de José Maria Vieira Mendes

  1. Berlim 2005 (do deslumbre ao enjoo);
  1. Donna Haraway, Cyborg Manifesto (a importância do deslocamento do olhar. Da desobediência);
  1. Teatro Praga + um conjunto de pessoas;
  1. João César Monteiro;
  1. Chilly Gonzales – Crying (exemplo de uma forma de estar, de fazer, de escrever);
  1. Godard (salvou-me algumas coisas);
  1. Catcher in the Rye de Salinger, Pela estrada fora de Kerouac. Geração Beat;
  1. Brecht, Baal;
  1. Seinfeld (Nani Moretti, The Office, etc.);
  1. Diários: de Kafka, de Pavese.

 

A lista de Luísa Taveira

  1. Escultura Grega e Romana;
  1. Natureza;
  1. Teatro (casa);
  1. Dança – Fred Astaire e Ko-Murobushi;
  1. Bach; Schubert por Maria João Pires; Bernardo Sassetti, Mário Laginha;
  1. Médio Oriente/ Japão/ Florença;
  1. África;
  1. Tragédias de Sófocles, Marguerite Yourcenar, Rilke, Agustina Bessa-Luís, Saramago;
  1. Isabelle Huppert:
  1. Tarkovsky.