Diogo Amorim - Os Filhos da Madrugada
06.04.22
Pão que sabe a pão. Pão que sabe ao pão que comíamos com os nossos pais e avós. Pão que é corpo e simboliza o sagrado. Pão ao qual damos um beijinho antes de deitar fora, no caso último de ser preciso deitar fora. Mas não se deita pão fora, ensinaram-nos, porque o pão pode a seguir ser torrado, ralado, comida para os animais, e que, assim, volta ao início do ciclo da terra, à corrente da alimentação. O Filho da Madrugada de terça-feira, 5 de Abril, é padeiro e empresário. No final de 2015 fundou uma empresa que estima, este ano, facturar seis milhões de euros. Diogo Amorim nasceu em 1995, quando as colunas da ponte Vasco da Gama já estavam lançadas e Portugal vivia um clima de euforia e prosperidade.
Fotografia de Estelle Valente.