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Anabela Mota Ribeiro

FeLiCidade

12.07.24

FeLiCidade, Festa da Liberdade e da Língua na Cidade

FeLiCidade é um programa que vai acontecer no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, nos dias 4 e 5 de Maio. Fe de Festa e Festival, Li de Liberdade/ Língua/ Livro, Cidade sem muros nem ameias (como na canção Utopia de Zeca Afonso). Dia 5 de Maio é o Dia Mundial da Língua Portuguesa.

Neste ano em que se assinalam os 500 anos do nascimento de Camões e os 50 anos da Revolução dos Cravos, o André e. Teodósio e eu fomos desafiados a pensar a língua como uma casa e concebemos um festival assente no diálogo entre Portugal, Brasil e países africanos de língua oficial portuguesa.

A equipa curatorial, além de mim e do André, que somos responsáveis pelo que a seguir partilho, é constituída pelo Gonçalo Riscado, Nádia Yracema, Sara Carinhas, Tiago Bartolomeu Costa e Madalena Wallenstein. Design Gráfico de Sonia Camara + Joana & José, inspirado na obra de Francisco Vidal. A direcção artística é da Aida Tavares.

Toda a programação em https://felicidadefestival.com/

CONVERSAS

Nas Conversas, queremos conjugar o verbo Ser, não no presente, mas no gerúndio. Estamos sendo pessoas que fazem perguntas, que partilham modos de ser frátria, discutem Língua, Literatura e Liberdade. Pela primeira vez, elas são marcadas exclusivamente pela quadrangulação geográfica de países de língua oficial portuguesa. Três escritores, de cada um dos vértices transoceânicos, conversam com um moderador. A anteceder cada encontro, há Canções de boas vindas e Cordialidade; no final, há sessões de autógrafos. Todas as histórias contam, todas se cruzam e fundem.

Dia 4

12h Sala Freitas Branco

“Mas o existido continua a doer eternamente” – Drummond de Andrade

Daniel Munduruku

Francisco Bethencourt

Mário Lúcio Sousa

Mod. Bárbara Reis                             

“Mas o existido continua a doer eternamente”, verso do poeta brasileiro Drummond de Andrade, inspira a conversa com o escritor e activista indígena Daniel Munduruku (BR), o historiador Francisco Bethencourt (PT) e o escritor e ex-Ministro da Cultura de Cabo Verde Mário Lúcio Sousa (CV), com moderação da jornalista Bárbara Reis. 

 

14h Sala Freitas Branco

"Eu gostava de te oferecer 100.000 cigarros, uma dúzia de vestidos daqueles mais modernos, um automóvel, uma casinha de lava que tu tanto querias, um ramalhete de flores de quatro tostões." Ventura

Ana Margarida de Carvalho

Germano Almeida

Luís Cardoso

Mod. Pedro Vieira

"Eu gostava de te oferecer 100.000 cigarros, uma dúzia de vestidos daqueles mais modernos, um automóvel, uma casinha de lava que tu tanto querias, um ramalhete de flores de quatro tostões." O desejo de Ventura, protagonista do filme “Juventude em Marcha” de Pedro Costa,  serve de mote para uma conversa com os escritores Ana Margarida de Carvalho (PT), Germano Almeida (CV) e Luís Cardoso (TL), moderados pelo escritor e ilustrador Pedro Vieira. 

 

15h Sala Almada Negreiros

Mas eu tinha uma fita verde de folha de palmeira/ Na cabeça” – Fernando Sylvan

Joana Bértholo

José Eduardo Agualusa

Socorro Acioli

Mod. Pedro Santos Guerreiro

Mas eu tinha uma fita verde de folha de palmeira/ Na cabeça” é o verso do poeta timorense Fernando Sylvan que germina e colora a conversa com os escritores Joana Bértholo (PT), José Eduardo Agualusa (AGO) e Socorro Acioli (BR). A moderação é do jornalista Pedro Santos Guerreiro.

 

16h Sala Freitas Branco

As belas meninas pardas / dão boas mães de família/ e merecem ser estimadas...” – Alda Lara

Noemi Jaffe

Susana Moreira Marques

Telma Tvon

Mod. Sheila Khan

As belas meninas pardas / dão boas mães de família/ e merecem ser estimadas...” O verso da poeta angolana Alda Lara estimula e intriga a conversa com as escritoras Noemi Jaffe (BR), Susana Moreira Marques (PT) e Telma Tvon (AO/PT). A moderação é da socióloga Sheila Khan.

 

18h30 Sala Sophia Mello Breyner

“Mas desenhem elas o que desenharem, é essa a forma do meu país” – Ruy Belo

Andréa del Fuego

Conceição Lima

Isabela Figueiredo

Mod. Joana Gorjão Henriques

“Mas desenhem elas o que desenharem, é essa a forma do meu país”. As palavras do poeta português Ruy Belo são um desenho e desencadeiam a conversa entre as escritoras Andréa del Fuego (BR), Conceição Lima (STP) e Isabela Figueiredo (PT). Moderação da jornalista e escritora Joana Gorjão Henriques. 

 

Dia 5

12h Sala Freitas Branco

"A poesia anda oculta nos cipós maliciosos da sabedoria" - Oswald de Andrade

Capicua

Eucanaã Ferraz

José Luiz Tavares

Mod. Nuno Artur Silva

"A poesia anda oculta nos cipós maliciosos da sabedoria", verso do Manifesto Pau-Brasil, escrito há 100 anos pelo poeta brasileiro Oswald de Andrade, serve de motor para uma conversa poética com a música e poeta Capicua (PT), e os poetas Eucanaã Ferraz (BR) e José Luiz Tavares (CV). A moderação é do poeta, argumentista e ex-Secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Média Nuno Artur Silva. 

 

14h Sala Almada Negreiros

"Embora as mãos da luz acabem sujas / Da cinza arrefecida das palavras" - José Saramago

João Tordo

Ondjaki

Rafael Gallo

Mod. Inês Meneses                          

Uma conversa com autores laureados com o Prémio Saramago, de três países e três continentes, só poderia começar com palavras do único prémio Nobel da Literatura em língua portuguesa.”Embora as mãos da luz acabem sujas / Da cinza arrefecida das palavras”,versos de José Saramago, inspiram a conversa com os escritores João Tordo (PT), Ondjaki (AO) e Rafael Gallo (BR), moderados pela radialista e autora Inês Meneses. 

                           

16h Sala Almada Negreiros

“Porque eu dormia e vieram contar-me que tudo era possível Já!” – Maria Velho da Costa

Frederico Pedreira

Geovani Martins

Joaquim Arena

Mod. Inês Fonseca Santos

“Porque eu dormia e vieram contar-me que tudo era possível Já!” é uma frase avassaladora de Maria Velho da Costa que nos levará ao mundo do sonho e da luta, do concreto e da criação dos escritores Frederico Pedreira (PT), Joaquim Arena (CV) e Geovani Martins (BR). A conversa é moderada pela jornalista e escritora Inês Fonseca Santos. 

 

17h Sala Freitas Branco

“Cresce a semente/ lentamente/ debaixo da terra escura” – Craveirinha

Hélia Correia

Leda Maria Martins

Luísa Semedo

Mod. Anabela Mota Ribeiro

“Cresce a semente/ lentamente/ debaixo da terra escura”, do poeta moçambicano José Craveirinha, é um verso que avança, germina e floresce na conversa com a escritora Hélia Correia (PT), a poeta e dramaturga Leda Maria Martins (BR) e a escritora e professora de Filosofia Luísa Semedo (PT/CV). Com moderação da escritora e jornalista Anabela Mota Ribeiro. 

 

18h30 Sala Freitas Branco

Insubmissas lágrimas de mulheres” – Conceição Evaristo

Dulce Maria Cardoso

Gisela Casimiro

Tatiana Salem Levy

Mod. Helena Teixeira da Silva

Insubmissas lágrimas de mulheres”, título de um dos livros de Conceição Evaristo, enquadra e acende a conversa entre as escritoras Dulce Maria Cardoso (PT), Gisela Casimiro (GNB) e Tatiana Salem Levy (BR), moderadas pela jornalista Helena Teixeira da Silva. 

 

AULAS

A língua, a literatura e a liberdade são os tópicos das aulas do FeLiCidade. A quadrangulação presente nas Conversas é estendida a estas sessões, acessíveis a um público abrangente. Celebramos os 500 anos de Camões (Frederico Lourenço remonta ao estudo do autor, e José Luiz Tavares desafia-nos a conhecer o Camões Crioulo), os 100 anos de Alexandre O’Neill, os 100 anos do surgimento de Ricardo Reis (numa aula sobre o heterónimo de Pessoa e outra sobre o Ricardo Reis de Saramago), estudamos o potencial poético e literário das canções Mulheres de Atenas de Chico Buarque (por João Constâncio e Luísa Buarque) e Língua, de Caetano Veloso (por Eucanaã Ferraz e Pedro Duarte). E como resistir às aulas sobre Rui Knopfli, Mário Domingues, Ruy Duarte de Carvalho e outros autores africanos?

Dia 4

Sala Sophia

11h - Camões, por Frederico Lourenço

 

Sala Fernando Pessoa

12h - Carlos Drummond de Andrade, por Joana Matos Frias

13h - Camões Crioulo e poetas cabo-verdianos, por José Luiz Tavares

15h - Jorge Amado, Gabriela, por Eliane Robert Moraes

17h - Caetano Veloso, Língua, por Eucanaã Ferraz e Pedro Duarte

 

Sala de Leitura

12h - Alexandre O’Neill, por Maria Antónia Oliveira

14h – Literaturas Africanas, por Inocência Matta

16h - Rui Knopfli e outros poetas moçambicanos, por Ana Mafalda Leite

18h - Novas Cartas Portuguesas, por Joana Meirim

 

DIA 5

Sala Sophia

11h - Fernando Pessoa, Ricardo Reis, por Fernando Cabral Martins

13h - José Saramago, Ricardo Reis, por Ana Paula Arnaut

15h - Ruy Duarte de Carvalho, por José Eduardo Agualusa

18h – Chico Buarque, Mulheres de Atenas, por João Constâncio e Luísa Buarque

 

Sala Fernando Pessoa

12h - Clarice Lispector, A Paixão segundo GH, por Carlos Mendes de Sousa

14h - Machado de Assis, Quincas Borba, por Abel Barros Baptista

16h - Almada Negreiros, por Mariana Pinto dos Santos

 

Sala de Leitura

13h – Mário Domingues, por António Baião

17h - Amílcar Cabral por Joacine Katar Moreira

 

GLOSSÁRIO

Num dicionário comum, pode ler-se que um glossário é uma lista alfabética de termos de um determinado domínio de conhecimento com a definição destes termos. Que termos?, e quem assina a definição desses termos? Pedimos à prof. de Direito Inês Ferreira Leite e ao poeta André Tecedeiro e à consultora de comunicação (com foco na inclusão e diversidade de género) Laura Falésia que elaborassem um glossário da democracia e um glossário queer. Para que não nos careçam palavras e conceitos, e as tenhamos sempre na ponta da língua! 

Dia 4

Sala Jorge de Sena, 14.30h

Glossário queer – André Tecedeiro e Laura Falésia

Dia 5

Sala Jorge de Sena, 14.30h

Glossário da democracia – Inês Ferreira Leite, Prof. Direito

 

CURSO BREVE

Um dos nomes originais da cidade de Lisboa, o seu primeiro nome, era Felicidade: Felicitas Iulia Olisipo. Não podia haver celebração da Liberdade e da Língua nas suas múltiplas complexidades, derivas e disposições, sem se pensar a vida e a felicidade. De que matérias são feitas? Como se manifestam? Para os Cursos Breves, convidámos duas pessoas da cidade para refletiram sobre a Vida e a Felicidade a partir das suas experiências, da sua vida e obras tão diversas e tão enriquecedoras. 

Dia 4

Sala Fernando Pessoa

19.30 / 21.30

A Felicidade e a Vida         

Gonçalo M. Tavares

 

RECREIO

Atividades diversas, direcionadas aos públicos infantojuvenil e jovem-adulto, que procuram dinamizar o ambiente literário, quebrando barreiras, juntando pessoas e propagando alegria! Dias repletos de atividades e letras! Uma caça ao tesouro, a criação de uma capa (de super-heroína?), um piquenique, muitos livros sorteados, um clube de leitura e um quizz literário estão mais que certos. Mas há surpresas.

Com os criadores de conteúdos literários, entre outras coisas, Filipe Heath e Elga Fontes.

 

VISITAS ESPACIAIS

As visitas espaciais pretendem ser, também, viagens no tempo e na memória. Convidámos a antropóloga Elsa Peralta e o arquitecto Ricardo Bak Gordon para fazer uma leitura do espaço (que espaço...) onde o CCB está inserido. Em frente, o rio, o Padrão dos Descobrimentos, a Torre de Belém, o Museu dos Coches (o novo e o velho)... As visitas serão faladas e expositivas, no espaço mental e no espaço físico. Parte-se do CCB para ir dar a muitos lados. Sem atalhos.

Dia 4

Sala Jorge de Sena 17h

Ricardo Bak Gordon, arquitecto

Dia 5

Sala Jorge de Sena 17h

Elsa Peralta, antropóloga

 

LANÇAMENTO

Um dia em que se lança um livro, é sempre um dia de FeLiCidade. Para mais, quando podemos vir vestidos a rigor, que é como quem diz, de amantes da literatura! É uma honra convidar-vos para estes lançamentos, e que dias felizes estes!

Dia 4

Sala Sophia

15h Tarrafal, com a presença do autor, o fotógrafo Joao Pina, em diálogo com o historiador Miguel Bandeira Jerónimo

 

Terraço piso 2, foyer grande auditório

14h Aurora, Blue Kida

16h Um dedo borrado de tinta, da jornalista Catarina Gomes, com a presença da autora e apresentação da bibliotecária Teresa Calçada

18h André Barata, A Ideia é Nossa

 

Dia 5

Sala Freitas Branco

15h Patrícia Reis, Maria Teresa Horta - A Desobediente, por Anna Klobucka

 

Terraço piso 2, foyer grande auditório

17.30 Marco Roque, A Construção Sonora em Moçambique

 

Sala Jorge de Sena

18h Petra Preta, #aseriesofprotectivestyles

 

MC – mestres de cerimónia (imprimem ritmo, apresentam, encaminham);

Alice Azevedo

Guadalupe Amaro

Joana Barrios

Joãozinho da Costa

           

CORDIALIDADE

Canções e leituras de cordialidade

Alex D' Alva Teixeira

Bruno Huca

João Neves

Isabel Moreira

Maria Teresa Projecto

Pedro Marques Lopes

Sofia Grácio

 

PERFORMANCES

Daniel Pizamiglio,

Alunos do Conservatório

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