06.10.24
“E agradeço a Deus, e até peço perdão por não ser tão feliz como devia ter sido. Eu nunca consegui ser feliz. Deus deu-me tudo sem eu procurar nada. E tinha de agradecer mais a Deus e ser contente. Não sei porquê, não tenho explicação para a minha maneira de (...)
05.10.24
Celeste Rodrigues, 91 anos, uma vida como já não há. Podia não ter sido artista de variedades, não podia não cantar. Canta desde sempre. Desde que a mãe, que tinha a voz mais bonita do mundo, lhe cantava o folclore da Beira. (Para se ter uma ideia da voz da mãe (...)
05.10.24
Quem é Beatriz da Conceição? Perguntem a Ana Moura e a Carminho. Perguntem a Camané. Perguntem a quem não gosta dela. Uma referência. Fadista de palavras que cortam como facas. A tia Bia tem 73 anos, nem amaciados nem derrubados pela vida. A Dona Bia exige ser tratada (...)
04.10.24
«O amor quando se revela, não se sabe revelar,
sabe bem olhar para ela, mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente, não sabe o que há-de dizer (...)
Ah, mas se ela adivinhasse, se pudesse ouvir o olhar,
e se o olhar lhe bastasse, p’ra saber que a (...)
03.10.24
Aquela tshirt que diz assim: “Há esperanças que é loucura ter. Pois eu digo-te que se não fossem essas eu já teria desistido da vida”. Que há nesta frase, com fumos quixotescos, além da óbvia exortação à vida? Eu sublinhei a palavra “esperanças”, talvez (...)
02.10.24
Manoel de Oliveira termina o café antes de iniciarmos a entrevista. Há uma luz fria de Inverno que invade a sala, e a memória recente dos almoços de domingo. «O Quinto Império – Ontem como hoje», o filme que estreava por esses dias, serviu de mote à conversa (...)
01.10.24
Dezembro de 1966. Chamam ao telefone o senhor Jobim. Não foi bem assim. No Veloso ele era “Seu Tom” e não se apregoavam frases de cafés lisboetas. O negócio era outro. E Arménio, o dono do boteco de esquina, conhecia-o de outros carnavais, de muitas rodas de chope. (...)