07.06.25
Escrito em grande parte durante o confinamento e a doença, e concluído após uma longa gestação, O Quarto do Bebé é um romance autoficcional em forma de diário íntimo.
Depois da morte de um conhecido psicanalista, a filha, sua única herdeira e professora de (...)
07.06.25
9 de Maio, 1958 “Eu cato papel, mas não gosto. Então eu penso: faz de conta que estou sonhando.” Num impulso, adoptei esta frase de Carolina Maria de Jesus para falar convosco sobre o Belo, a utilidade ou inutilidade do Belo. Não está mencionado, mas na minha (...)
07.06.25
O meu nome é Anabela Mota Ribeiro, nasci em Trás os Montes em 1971. Esta frase, tão simples, contém apenas alguns elementos de identificação. É o núcleo a partir do qual vou falar convosco sobre pequenos e grandes delírios domésticos. Por doméstico vamos (...)
06.06.25
Não guardo nem tenho vestígio da primeira palavra que disse. Por estranho que pareça, nunca me lembrei de o perguntar à minha mãe. No instante em que escrevo, surge-me a palavra “choro”. Mas claro que uma criança não começa por dizer choro. Uma criança chora. (...)
06.06.25
O Jardim das Amoreiras é um espaço de encantamento. Podemos seguir as raízes das árvores, mergulhar nas copas frondosas, encontrar Maria Helena Vieira da Silva e Arpad Szenes, mergulhar no imaginário da nossa infância com o pedo-psicanalista João dos Santos, sentir a (...)
04.06.25
“Os meus pais sacrificaram-se muito e deram-me estudos para ir para a universidade? Não, tive estudos que estavam ao meu alcance e ao alcance da bolsa da família: estudei para ser serralheiro mecânico. Fui serralheiro mecânico. Depois fui várias coisas ao longo da (...)
04.06.25
Recentemente, reli Dom Casmurronum velho exemplar onde identifiquei as anotações e sublinhados da minha segunda leitura do romance, em 2013. O exercício permite-me replicar as palavras do narrador e afirmar: se o rosto era igual, a fisionomia era diferente. (...)